segunda-feira, 19 de julho de 2010

Lobo





Nome científico: Cannis lupus

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Canidae
Género: Canis
Espécie: C. lupus

Caracteristicas
Foi a partir do lobo que todos os cães evoluíram.

Actualmente, o lobo possui características marcantes que o separam do cão.

Curioso é o modo como bebem água, enquanto o cão utiliza a língua para trazer a água à boca, o lobo sorve a água como se fosse um aspirador. Algumas pessoas pensam que, em cada ninhada de lobos, um bebe como os cães, sendo depois abandonado pela mãe e afastado do resto da alcateia, e que alguns desses animais terão sobrevivido e dado origem ao cão, posteriormente, ao cão domesticado.

Os lobos vivem em alcateias que podem conter entre 5 e 10 elementos, dependendo do próprio núcleo familiar e da altura do ano.

Os lobos têm duas pelagens distintas, a de Inverno, mais densa, de maior comprimento e de cor acinzentada, que cai no início da Primavera. Nasce então uma pelagem mais curta, que fica até ao início do Inverno, com uma tonalidade de cor mais acastanhada, que lhe confere maior capacidade de camuflagem.

Em todas as alcateias há um líder, que é respeitado pelos demais e que guia todo o grupo pelo seu território.

Distribuição
Existem lobos em toda a Europa, no Norte e Centro da Ásia e na América do Norte.

Em Portugal, não são muitos os sítios onde podem ser encontrados lobos em liberdade. O Nordeste Transmontano talvez seja o local onde mais facilmente poderá ter um encontro com estes belos animais. Também é possível encontrar alguns lobos no Parque Nacional da Peneda Gerês e no Distrito da Guarda, na Serra de Leomil, embora se pense que poderão apenas existir aqui uma ou duas alcateias.

Contudo, em Portugal os lobos estão a atravessar uma fase de declínio e a sua sobrevivência está ameaçada. Este declínio começou com uma caça intensa a esta espécie, e nos últimos anos, tendo a caça sido proibida, surgiram os envenenamentos. Outro factor importante tem sido o facto de cada vez haver menos cervídeos em liberdade e essa era a sua maior fonte de alimento.

Os fogos florestais vão reduzindo o território e o número de presas, e os lobos passam então a ter de se alimentar de gado, sobretudo ovelhas, provocando enormes prejuízos aos pastores, que vêm assim os seus rebanhos dizimados. Apesar de estar contemplado que esses serão monetariamente recompensados pelos danos, o facto de os pagamentos demorarem muito tempo leva a que alguns achem que a única solução é acabar com os lobos nas suas zonas de pasto.

Pensa-se que, em território português, pode haver cerca de 200 lobos, talvez um pouco mais.

Os lobos não são uma ameaça para os humanos, pelo contrário, o Homem é que é um perigo para o lobo. A história do lobo mau não é mais que um velho conto infantil, criado com o objectivo de fazer prevalecer essa ideia.

Peso e esperança de vida
Os lobos, quando adultos, podem atingir cerca de 30 kg de peso e viver cerca de 15 anos.

domingo, 11 de julho de 2010

Polvos


Polvos

Os polvos são moluscos marinhos da classe Cephalopoda e da ordem Octopoda, que significa "oito pés" - a sua característica principal é uma coroa de oito tentáculos com fortes ventosas dispostos à volta da boca. Como o resto dos cefalópodes, o polvo tem um corpo mole mas não tem esqueleto interno (como as lulas) nem externo (como o nautilus). Como meios de defesa, o polvo possui a capacidade de largar tinta camuflagem (conseguida através dos cromatóforos) e autonomia dos seus tentáculos.




Todos os polvos são predadores e alimentam-se de peixes, crustáceos e invertebrados, que caçam com os tentáculos e matam com o bico ósseo. Para auxiliar a caça, os polvos desenvolveram visão binocular e olhos com estrutura semelhante à do órgão de visão do ser humano, que têm percepção de cor.



Reino: Animalia

Filo: Mollusca

Classe: Cephalopoda

Ordem: Octopoda

sexta-feira, 9 de julho de 2010

gIRAFA


Girrafas



A girafa é um mamífero ruminante de grande porte. Vive nas regiões secas e com árvores dispersas situadas nas savanas africanas do sul do deserto do Saara. As girafas foram caçadas para extração de sua pele, grossa e resistente, mas atualmente a espécie é protegida.

As girafas são tímidas e atentas. As girafas ão ativas principalmente ao entardecer e no início da manhã, descansando durante as horas mais quentes do dia. Usualmente dormem em pé, mas ocasionalmente, deitam-se.






Apesar do seu longo pescoço, a girafa possui o mesmo número de vértebras que o camundongo ou o homem. E assim tão alta por causa do alongamento de cada um dos ossos do pescoço e das pernas. Essa grande altura permite a girafa alimentar-se das folhas mais altas e mais tenras das árvores, especialmente da acácia

Devido ao baixo teor nutritivo das folhas, as girafas precisam comer grandes quantidades e passam quase 20 horas por dia comendo. A língua é longa (chega a medir até 40 cm de comprimento) e é flexível. O animal pode também vigiar com facilidade os arredores, o que é uma vantagem para prevenir-se contra perigos. Há, porém, algumas desvantagens.

Para beber, a girafa deve abrir bastante as pernas e penosamente abaixar o pescoço de forma que sua boca possa alcançar a água.

Essa é uma posição incômoda e instável que deixa a girafa indefesa contra o leão. A organização do grupo é que resolve esse problema: algumas ficam de guarda enquanto outras bebem.


Quando a girafa galopa, as pernas traseiras cruzam-se com as dianteiras. Apesar do seu tamanho, a girafa pode atingir a velocidade de 47 km/h. No seu passo normal, ela desloca-se movendo primeiro ambas as pernas de um lado do corpo e depois as do outro lado: ela utiliza o pescoço para manter o equilíbrio. Os seus pescoços, entretanto, são os maiores dos animais atuais, pelo que é pouco flexível. Por causa de seu pescoço comprido e rígido, seu sistema vascular possui particularidades como válvulas especiais que permitem que o fluxo sanguíneo alcance o cérebro (bastante afastado de seu coração) quando levantam a cabeça e evitam vertigens quando elas a abaixam.

Ambos os sexos possuem dois a quatro cornos curtos e recobertos por pele. O pêlo da girafa é fulvo (amarelo-tostado, alourado) ou rosado, com grandes manchas de cor amarronzada (exceto no ventre, onde o pêlo é branco). As manchas pardas possuem um padrão único para cada indivíduo e o auxilia a se mimetizar por entre as sombras das árvores onde habita.

Os machos alcançam a maturidade sexual de 3 a 4 anos; já as fêmeas de 2 a 2,6 anos, entretanto sua maturidade sexual pode ser adiada por um ano ou mais, dependendo de suas condições nutricionais.
Os machos tornam-se maduros por volta de 42 meses, mas só terão oportunidade de fecundar com 8 ou mais anos de idade. A gestação dura 420 a 450 dias, nascendo só uma cria de cada vez com uma altura que oscila entre 1,5 e 1,7 metros. Os filhotes de girafas caem de uma altura de quase 2 metros quando a mãe está de pé durante o nascimento, o que é freqüente. Ao nascer, os filhotes são fortes e bem desenvolvidas, costumam ser vítimas dos predadores durante o primeiro ano de vida. Após o desmame, as fêmeas permanecem dentro do território materno, enquanto os machos o abandonam, formando grupos separados. Organizados em uma hierarquia clara de dominância, esses grupos formados só por machos vagarão dentro de seu próprio território, à procura de fêmeas no cio.

As fêmeas de girafa têm lugares específicos para parir dentro de seu território. Escolhem um determinado lugar para trazer ao mundo sua primeira cria e sempre voltarão a esse local para os partos seguintes, mesmo no caso de seu território ter sido semi-destruído.

FILO: Chordata
CLASSE: Mammalia
ORDEM: Artiodactyla
FAMÍLIA: Giraffidae


CARACTERÍSTICAS:
Altura: média de 5 m
Comprimento do pescoço:"até 3 m
Peso: macho, 1 1/2 t
Duração: cerca de 25 anos
Período de gestação: 450 dias (14a 15 meses)

O tempo de vida: é de aproximadamente 15 a 20 anos.

As girafas quase não emitem sons

Coalas


Coalas




O coala é facilmente reconhecido por sua cabeça grande, focinho redondo, pelagem espessa e orelhas cobertas de longos pêlos. O coala tem uma aparência tranqüila e gentil. Ele cheira a eucalipto, árvore de cujas folhas se alimenta e na qual passa a sua vida. Esse marsupial (dotado de bolsa) de hábitos noturnos vive nas florestas temperadas da Austrália ocidental. Durante o dia o coala dorme entre as folhas e só começa a alimentar-se quando cai a noite. O coala é um excelente trepador e raramente desce ao chão. Algumas espécies de eucaliptos são perigosas para o coala. Mas ele consegue identificá-las.
O coala é um animal calmo, inofensivo. Sua única arma contra seus atacantes é rosnar. É incapaz de arranhá-los ou mordê-los. O coala vive sozinho ou em pequenos bandos. Um único macho pode ter várias fêmeas.



O acasalamento ocorre em setembro ou outubro. Nasce um filhote de cada vez, com menos de 2 cm e cerca de 25 g. Ele fica na bolsa da mãe por 6 meses e passa outros 6 nas suas costas. Aos 3 ou 4 anos pode cruzar. Os coalas já foram muito caçados por causa do seu belo pêlo. Ameaçada de extinção, a espécie hoje está protegida.



FILO: Chordata
CLASSE: Mammalia
ORDEM: Marsupialia
FAMÍLIA: Phalangeridae




CARACTERÍSTICAS:
Comprimento: 85 cm
Peso: até 6 kg
Tempo de vida: até 20 anos
1 filhote por ano
Período de gestação:25 a 30 dias
Não possui cauda

Panda gigante





Há alguns anos, o zoológico de Washington recebeu dois pandas-gigantes. Foi um magnífico presente, pois poucos zoológicos no mundo possuem esses pandas-gigantes, raros e atraentes. Os visitantes não se cansam de admirar-lhes a suntuosa pelagem preta e branca, a cabeça elegante, os olhos circundados de pêlos negros e o aspecto geral de bicho de pelúcia.
Os pandas gigantes são carnívoros raros e, são encontrados apenas nas florestas de bambu da região montanhosa do sul da China, em altitudes de 1 500 até 3 000 metros. Os pandas gigantes não hibernam e passam o verão nos altos platôs do Tibete oriental.






Os pandas gigantes alimentam-se quase que exclusivamente de folhas tenras e brotos de bambu, que levam à boca com as patas dianteiras.


O pouco valor alimentício do bambu obriga os pandas gigantes a comer o dia inteiro. Algumas vezes os pandas gigantes pegam um peixe ou um pequeno mamífero. Vivem sozinhos, abrigados em ocos de árvores ou fendas de rochas. O acasalamento dos pandas gigantes, ocorre na primavera e no inverno nascem dois filhotes com mais de 2 kg. O panda tornou-se o símbolo das espécies ameaçadas e o emblema da Fundação Mundial de Vida

Selvagem.



Animal em extinção: existem apenas 1.000 ursos pandas, a maioria em cativero, podendo ser extinto ainda neste século.


FILO: Chordata
CLASSE: Mammalia
ORDEM: Carnívora
FAMÍLIA: Procyonidae




CARACTERÍSTICAS:
Comprimento: até 1.5 m
Peso: até 160 kg
Pés: 5 dedos
Garras nào-reirãteis
Baixa fertilidade
Período de gestação: 7 a 9 meses
Habitat específico

Cobras


Cobras são daoras



As cobras ou ofídios são répteis poiquilotérmicos (ou pecilotérmicos) sem patas, pertencentes à sub-ordem serpentes, bastante próximos dos lagartos, com os quais partilham a ordem Squamata. Há também várias espécies de lagartos sem patas que se assemelham a cobras, sem estarem relacionados com estas. A atração pelas cobras é chamada de ofiofilia, a repulsão é chamada de ofiofobia. O estudo dos répteis e anfíbios chama-se herpetologia (da palavra grega herpéton que significa "aquilo que rasteja" - em especial, serpentes).



Evolução
As cobras estão mais profundamente relacionadas a lagartos varanóides, muito embora não haja uma identificação mais clara sobre qual seria o grupo de varanóide mais relacionado evolutivamente. Os grupos de lagartos varanóides mais provavelmente relacionados com serpentes são provavelmente os das famílias Lantanotidae e Mossassauridae.

Alimentação
Todas as cobras são carnívoras, comendo pequenos animais (incluindo lagartos e outras cobras), aves, ovos ou insetos. Algumas cobras têm uma picada venenosa para matar as suas presas antes de as comerem. Outras matam as suas presas por estrangulamento. As cobras não mastigam quando comem, elas possuem uma mandíbula flexível, cujas duas partes não estão rigidamente ligadas (ao contrário da crença popular, elas não desarticulam as suas mandíbulas), assim como numerosas outras articulações do seu crâneo, permitindo-lhes abrir a boca de forma a engolir toda a sua presa, mesmo que ela tenha um diâmetro maior que a própria cobra.

As cobras ficam entorpecidas, depois de comerem, enquanto decorre o processo da digestão. A digestão é uma atividade intensa e, especialmente depois do consumo de grandes presas, a energia metabólica envolvida é tal que na Crotalus durissus, a cascavel mexicana, a sua temperatura corporal pode atingir 6 graus acima da temperatura ambiente. Por causa disto, se a cobra for perturbada, depois de recentemente alimentada, irá provavelmente vomitar a presa para tentar fugir da ameaça. No entanto, quando não perturbada, o seu processo digestivo é altamente eficiente, dissolvendo e absorvendo tudo excepto o pêlo e as garras, que são expelidos junto com o excesso de ácido úrico.

Por norma, as serpentes não costumam atacar seres humanos, mas há exemplos de crianças pequenas que têm sido comidas por grandes jibóias. Apesar de existirem algumas espécies particularmente agressivas, a maioria não atacará seres humanos, a menos que sejam assustadas ou molestadas, preferindo evitar este contacto. De facto, a maioria das serpentes são não-peçonhentas ou o seu veneno não é prejudicial aos seres humano

Pele
A pele das cobras é coberta por escamas. A maioria das cobras usa escamas especializadas no ventre para se mover, agarrando-se às superfícies. As escamas do corpo podem ser lisas ou granulares. As suas pálpebras são escamas transparentes que estão sempre fechadas. Elas mudam a sua pele periodicamente. Ao contrário de outros répteis, isto é feito em apenas uma fase, como retirar uma meia. Pensa-se que a finalidade primordial desta é remover os parasitas externos. Esta renovação periódica tornou a serpente num símbolo de saúde e de medicina, como retratado no bastão de Esculápio. Em serpentes "avançadas" (Caenophidian), as escamas da barriga e as fileiras largas de escamas dorsais correspondem às vértebras, permitindo que os cientistas contem as vértebras sem ser necessária a dissecação.

Sentidos
Apesar da visão não ser particularmente notória (geralmente sendo melhor na espécie arboreal e pior a espécie terrestre), não impede a detecção do movimento. Para além dos seus olhos, algumas serpentes (crotalíneos - ou cobras-covinhas - e pítons) têm receptores infravermelhos sensíveis em sulcos profundos entre a narina e o olho que lhes permite "verem" o calor emitido pelos corpos. Como as serpentes não têm orelhas externas, a audição consegue apenas detectar vibrações, mas este sentido está extremamente bem desenvolvido. Uma serpente cheira usando a sua língua bifurcada para captar partículas de odor no ar e enviá-las ao chamado órgão de Jacobson, situado na sua boca, para examiná-las. A bifurcação na língua dá à serpente algum sentido direccional do cheiro.

Órgãos internos
O pulmão esquerdo é muito pequeno ou mesmo ausente, uma vez que o corpo em forma tubular requer que todos os orgãos sejam compridos e estreitos. Para que caibam no corpo, só um pulmão funciona. Além disso muitos dos órgãos que são pares, como os rins ou órgãos reprodutivos estão distribuídos ao longo do corpo em que um está à frente do outro, sendo um exemplo de excepção da simetria bilateral .

Locomoção

Todas as cobras têm a capacidade de ondulação lateral, em que o corpo é ondulado de lado e as áreas flexionadas propagam-se posteriormente, dando a forma de uma onda de seno propagando-se posteriormente.

Além disto, as cobras também são capazes do movimento de concertina. Este método de movimentação pode ser usado para trepar árvores ou atravessar pequenos túneis. No caso das árvores, o tronco é agarrado pela parte posterior do corpo, ao passo que a parte anterior é estendida. A porção anterior agarra o tronco em seguida e a porção posterior é propelida para a frente. Este ciclo pode ocorrer em várias secções da cobra simultaneamente (este método originou a afirmação errônea de que as cobras "andam nas próprias costelas"; na verdade as costelas não movem para frente e para trás em nenhum dos 4 tipos de movimento). No caso de túneis, em vez de se agarrar, o corpo comprime-se contra as paredes do túnel criando a fricção necessária para a locomoção, mas o movimento é bastante semelhante ao anterior.

Outro método comum de locomoção é locomoção rectilínea, em que uma cobra se mantém recta e se propele como de uma mola se tratasse, usando os músculos da sua barriga. Este método é usado normalmente por cobras muito grandes e pesadas, como pítons e víboras.

No entanto, o mais complexo e interessante método de locomoção é o zig-zag, uma locomoção ondulatória usada para atravessar lama ou areia solta.

Nem todas as cobras são capazes de usar todos os métodos. A velocidade máxima conseguida pela maioria das cobras é de 13 km/h, mais lento que um ser humano adulto a correr, excepto a mamba-negra que pode atingir até 20 km/h.

Nem todas as cobras vivem em terra; cobras marítimas vivem em mares tropicais pouco profundos.

Reprodução
As cobras usam um vasto número de modos de reprodução. Todas usam fertilização interna, conseguida por meio de hemipénis bifurcados, que são armazenados invertidamente na cauda do macho. A maior parte das cobras põe ovos e a maior parte destas abandona-os pouco depois de os pôr; no entanto, algumas espécies são ovovivíparas e retém os ovos dentro dos seus corpos até estes se encontrarem prestes a eclodir.

Recentemente, foi confirmado que várias espécies de cobras desenvolvem os seus descendentes completamente dentro de si, nutrindo-os através de uma placenta e um saco amniótico. A retenção de ovos e os partos ao vivo são normalmente, mas não exclusivamente, associados a climas frios, sendo que a retenção dos descendentes dentro da fêmea permite-lhe controlar as suas temperaturas com maior eficácia do que se estes se encontrassem no exterior.


Cobras venenosas

Cobra em posição de ataque.Embora apenas um quarto das cobras sejam venenosas, muitas das espécies são letais aos humanos. Estas cobras letais são geralmente agressivas e seus venenos podem matar um adulto saudável, se este não for devidamente tratado no período de algumas horas.

As cobras venenosas são classificadas em quatro famílias taxonómicas:

Elapidae - najas, mambas, cobras-coral, etc.
Viperidae - cascavel, jararaca, surucucu, víbora-cornuda, víbora-de-seoane, etc.
Colubridae - cobra-rateira, nem todas venenosas.
Hydrophiidae
Em Portugal, apenas existem espécies de duas destas famílias - Colubridae e Viperidae. Apenas três espécies merecem referência como perigosas para o Homem: a cobra-rateira, a víbora-cornuda e a víbora-de-seoane. Os casos de mordeduras fatais conhecidos são raros e ocorreram principalmente em indivíduos debilitados, idosos, doentes ou crianças. Existem antídotos específicos para o veneno destas espécies.

Sobrevivência a picadas de cobras venenosas
Há pouca razão para temer a morte devido à mordedura de cobras. Apenas um quarto das cobras é venosa, e dentre as 7000 mordidas de cobras registradas na América por ano, menos de 15 vítimas morrem. No entanto, se você for mordido por uma cobra, há certos procedimentos a seguir. Primeiramente, distancie-se da cobra agressora. Segundo, localize um ou dois ferimentos puntiformes em seu corpo. Se o local da mordida começar a inchar ou doer muito, então você foi envenenado. Se possível, mantenha o ferimento abaixo do nível do coração e rapidamente procure auxílio médico. O veneno em si normalmente não o matará, mas exacerbar-se enquanto envenenado pode ser fatal. Não amarre o local da mordida para impedir que o veneno espalhe-se, pois a falta de circulação sanguínea pode matar o local. Além do mais, o veneno espalha-se por seu sistema circulatório quase que instantaneamente quando é injetado. Apesar da crença popular, não se pode sugar o veneno da cobra usando-se a boca.

Classificação
Subordem Serpentes
Superfamília Typhlopoidea (Scolecophidia)
Família Anomalepididae
Família Typhlopidae (Cobras cegas)
Família Leptotyphlopidae /Glauconiidae
Superfamília Henophidia (Boidea)
Família Aniliidae /Ilysiidae: falsa-coral brasileira
Família Anomochilidae
Família Fonedeouvidae
Família Boidae: jibóias
Família Pythonidae: pítons
Família Bolyeridae:
Família Cylindrophiidae
Família Loxocemidae: jibóia mexicana
Família Tropidophiidae
Família Ungaliophiidae (boas anãs)
Família Uropeltidae
Família Xenopeltidae
Superfamília Xenophidia (Colubroidea = Caenophidia)
Família Acrochordidae
Família Atractaspididae
Família Colubridae
Família Elapidae: cobra coral
Família Hydrophiidae: cobra do mar
Família Viperidae: víboras

quinta-feira, 1 de julho de 2010


(Panthera tigris)



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Um exímio nadador

O habitat do tigre foi a Sibéria. Daí espalhou-se pela Índia, indochina, Sumatra, Bornéu, Java, Bali, Turquia e Cáucaso. Os maiores tigres têm o pêlo mais espesso e vivem nas partes mais frias da Sibéria. Os tigres da selva são sensíveis ao calor e usam a água para refrescar-se. Os Tigres são ótimos nadadores e já houve casos de tigres nadarem mais de 5 quilômetros. A pelagem do tigre tem como cor de fundo o amarelo claro, que pode variar até o tijolo. Existem tigres em que a cor de fundo é branca. O tigre possui garras fortes, dentes afiados e enfrenta qualquer animal.








É o maior felino. Mesmo velho, fraco ou ferido poderá atacar o homem. Hoje, o número de tigres não passa de quatro mil em todo o mundo. O Tigre é um animal protegido, quer dizer, é proibido caçá-lo. Os tigres correm muito depressa, principalmente no inverno, quando são mais ativos. A visão do tigre não é boa, mas a audição e o olfato são muito aguçados. É na base do som e do cheiro que eles perseguem o veado e o antílope de que se alimentam. Um tigre pode comer de 8 a 10 quilos de carne em uma só refeição por dia. É um animal solitário, exceto na época do acasalamento, quando a fêmea e o macho compartilham o mesmo território. Quando urra, a floresta treme.



Há nove subespécies distintas de tigre, três das quais estão extintas e uma muito próxima de tornar-se também extinta. Ocupavam historicamente uma extensa área que engloba Rússia, Sibéria, Irã, Cáucaso, Afeganistão, antiga Ásia Central Soviética, Índia, China, todo o sudeste da Ásia e Indonésia (ilhas de Sumatra, Java e Bali). Hoje em dia se encontram extintos de muitos países da Ásia. Estas são as subespécies sobreviventes, em ordem decrescente de população selvagem:


Tigre-siberiano
(Panthera tigris altaica) Está agora confinado a uma pequena área no leste da Rússia, onde é protegido. Antigamente habitava a Coréia, Manchúria (região nordeste da China), sudeste da Sibéria e leste da Mongólia. Desde os anos 1920 não são mais vistos na Coréia do Sul. Em liberdade existem entre 300 a 500 indivíduos no momento, e muitas populações não são geneticamente viáveis, por estarem sujeitas a cruzamentos consangüíneos. É a maior das subespécies de tigre e o maior felino existente hoje em dia, pesando, na grande maioria das vezes, entre 342 kg e 380 kg, de forma que podem haver indivíduos menores e maiores que esse intervalo de peso.

Tem cerca de 2,40 m a 3,15 m de comprimento somados ainda com a cauda de 1,10 m ou 1,20 m. O maior exemplar já catalogado na natureza tinha 423 kg e o maior em cativeiro tinha 452 kg. De acordo com os maiores especialistas mundiais em tigres siberianos, eles atacam e matam o urso pardo. Mas seu espólio anual constam apenas 11% de ursos. O restante é formado por alces, javalis, cervos e outros grandes animais. Arrastam sem dificuldade a carcaça de um alce de 870 kg para o lugar que mais lhe agrada. Diferentemente das outras subespécies de tigre, vive em uma área de clima frio formada por florestas boreais (de carvalhos e coníferas) e, por conta disso, tem uma pelagem mais clara e menos listras para poder se confundir com a o arvoredo seco de que se rodeia durante a caça.



Tigre-da-china-meridional
(Panthera tigris amoyensis) É a mais criticamente ameaçada das subespécies, em razão de sua rara cor, verde, caminhando rapidamente à extinção. Até o começo dos anos 1960 haviam aproximadamente 4000 tigres na China. Na época eram mais numerosos até que os tigres da Sibéria e de Bengala.

Em 1959 Mao Tse Tung, na época do "grande salto para frente", declara os tigres uma praga. Seguiu-se então uma brutal perseguição aos tigres, reduzindo-os a 200 indivíduos em 1976. Há apenas 59 animais, todos na China, mas que descendem de somente 6 animais! A diversidade genética necessária para manter a espécie já não existe, indicando que uma possível extinção está próxima.


Tigre-da-indochina
(Panthera tigris corbetti) É encontrado no Camboja, Laos, sudeste da China, Malásia, Myanmar, Tailândia e Vietnã. Estima-se que sua população esteja entre 1.200 e 1.800 indivíduos. A maior parte desta população está na Malásia.


Tigre-de-sumatra

Panthera tigris(Panthera tigris sumatrae) É encontrado somente na ilha indonésia de Sumatra. A população selvagem estimada é de 400 a 500 animais, presentes predominantemente nos cinco parques nacionais da ilha. Pesquisas genéticas recentes revelaram a presença de um marcador genético único, indicando que pode-se desenvolver uma nova espécie, caso não se torne extinta. Isto sugere que o tigre de Sumatra deve ter uma enorme prioridade de conservação.




Tigre-de-bengala
(Panthera tigris tigris) É encontrado nas florestas e savanas de Bangladesh, Butão, China, Índia, Myanmar, as ilhas de Java, Sumatra e Bali, na Indonésia e Nepal. É o animal nacional da Índia e de Bangladesh. A população selvagem estimada desta subespécie é de 3000 a 4600 indivíduos, a maioria vivendo na Índia e em Bangladesh. No entanto muitos conservacionistas indianos, após algumas crises recentes como a de Sariska, duvidam de tal número, achando que ele é otimista demais. Eles acreditam que o verdadeiro número do tigre de Bengala na Índia possa ser menor que 2000, já que muitas das estatísticas são baseadas em identificação de pegadas, o que muitas vezes gera um resultado distorcido. A gestação demora de 98 a 113 dias, e tem em média entre 1 a 6 filhos. É um animal solitário, unindo-se à fêmea apenas durante a época de acasalamento. Sua área de domínio vai de 44 km² (fêmea), até 52 km², área necessária aos machos. A grande maioria pesa entre 266 kg e 302 kg. No entanto, o maior tigre de Bengala encontrado estava em estado selvagem e pesava 389 kg.


Tigre-malaio
(Panthera tigris jacksoni) Presente exclusivamente no sul da península malaia. Até 2004 não era considerada como uma subespécie de tigre. Até então era tido como parte da subespécie indochinesa. Tal classificação mudou em função de um estudo do Laboratório de Estudos da Diversidade Genômica, parte do Instituto Nacional do Câncer, EUA. Segundo estimativas a população de tigres malaios selvagens é de 600 a 800 indíviduos, sendo a maior população de tigre(Panthera tigris)



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Um exímio nadador

O habitat do tigre foi a Sibéria. Daí espalhou-se pela Índia, indochina, Sumatra, Bornéu, Java, Bali, Turquia e Cáucaso. Os maiores tigres têm o pêlo mais espesso e vivem nas partes mais frias da Sibéria. Os tigres da selva são sensíveis ao calor e usam a água para refrescar-se. Os Tigres são ótimos nadadores e já houve casos de tigres nadarem mais de 5 quilômetros. A pelagem do tigre tem como cor de fundo o amarelo claro, que pode variar até o tijolo. Existem tigres em que a cor de fundo é branca. O tigre possui garras fortes, dentes afiados e enfrenta qualquer animal.








É o maior felino. Mesmo velho, fraco ou ferido poderá atacar o homem. Hoje, o número de tigres não passa de quatro mil em todo o mundo. O Tigre é um animal protegido, quer dizer, é proibido caçá-lo. Os tigres correm muito depressa, principalmente no inverno, quando são mais ativos. A visão do tigre não é boa, mas a audição e o olfato são muito aguçados. É na base do som e do cheiro que eles perseguem o veado e o antílope de que se alimentam. Um tigre pode comer de 8 a 10 quilos de carne em uma só refeição por dia. É um animal solitário, exceto na época do acasalamento, quando a fêmea e o macho compartilham o mesmo território. Quando urra, a floresta treme.



Há nove subespécies distintas de tigre, três das quais estão extintas e uma muito próxima de tornar-se também extinta. Ocupavam historicamente uma extensa área que engloba Rússia, Sibéria, Irã, Cáucaso, Afeganistão, antiga Ásia Central Soviética, Índia, China, todo o sudeste da Ásia e Indonésia (ilhas de Sumatra, Java e Bali). Hoje em dia se encontram extintos de muitos países da Ásia. Estas são as subespécies sobreviventes, em ordem decrescente de população selvagem:


Tigre-siberiano
(Panthera tigris altaica) Está agora confinado a uma pequena área no leste da Rússia, onde é protegido. Antigamente habitava a Coréia, Manchúria (região nordeste da China), sudeste da Sibéria e leste da Mongólia. Desde os anos 1920 não são mais vistos na Coréia do Sul. Em liberdade existem entre 300 a 500 indivíduos no momento, e muitas populações não são geneticamente viáveis, por estarem sujeitas a cruzamentos consangüíneos. É a maior das subespécies de tigre e o maior felino existente hoje em dia, pesando, na grande maioria das vezes, entre 342 kg e 380 kg, de forma que podem haver indivíduos menores e maiores que esse intervalo de peso.

Tem cerca de 2,40 m a 3,15 m de comprimento somados ainda com a cauda de 1,10 m ou 1,20 m. O maior exemplar já catalogado na natureza tinha 423 kg e o maior em cativeiro tinha 452 kg. De acordo com os maiores especialistas mundiais em tigres siberianos, eles atacam e matam o urso pardo. Mas seu espólio anual constam apenas 11% de ursos. O restante é formado por alces, javalis, cervos e outros grandes animais. Arrastam sem dificuldade a carcaça de um alce de 870 kg para o lugar que mais lhe agrada. Diferentemente das outras subespécies de tigre, vive em uma área de clima frio formada por florestas boreais (de carvalhos e coníferas) e, por conta disso, tem uma pelagem mais clara e menos listras para poder se confundir com a o arvoredo seco de que se rodeia durante a caça.



Tigre-da-china-meridional
(Panthera tigris amoyensis) É a mais criticamente ameaçada das subespécies, em razão de sua rara cor, verde, caminhando rapidamente à extinção. Até o começo dos anos 1960 haviam aproximadamente 4000 tigres na China. Na época eram mais numerosos até que os tigres da Sibéria e de Bengala.

Em 1959 Mao Tse Tung, na época do "grande salto para frente", declara os tigres uma praga. Seguiu-se então uma brutal perseguição aos tigres, reduzindo-os a 200 indivíduos em 1976. Há apenas 59 animais, todos na China, mas que descendem de somente 6 animais! A diversidade genética necessária para manter a espécie já não existe, indicando que uma possível extinção está próxima.


Tigre-da-indochina
(Panthera tigris corbetti) É encontrado no Camboja, Laos, sudeste da China, Malásia, Myanmar, Tailândia e Vietnã. Estima-se que sua população esteja entre 1.200 e 1.800 indivíduos. A maior parte desta população está na Malásia.


Tigre-de-sumatra

Panthera tigris(Panthera tigris sumatrae) É encontrado somente na ilha indonésia de Sumatra. A população selvagem estimada é de 400 a 500 animais, presentes predominantemente nos cinco parques nacionais da ilha. Pesquisas genéticas recentes revelaram a presença de um marcador genético único, indicando que pode-se desenvolver uma nova espécie, caso não se torne extinta. Isto sugere que o tigre de Sumatra deve ter uma enorme prioridade de conservação.




Tigre-de-bengala
(Panthera tigris tigris) É encontrado nas florestas e savanas de Bangladesh, Butão, China, Índia, Myanmar, as ilhas de Java, Sumatra e Bali, na Indonésia e Nepal. É o animal nacional da Índia e de Bangladesh. A população selvagem estimada desta subespécie é de 3000 a 4600 indivíduos, a maioria vivendo na Índia e em Bangladesh. No entanto muitos conservacionistas indianos, após algumas crises recentes como a de Sariska, duvidam de tal número, achando que ele é otimista demais. Eles acreditam que o verdadeiro número do tigre de Bengala na Índia possa ser menor que 2000, já que muitas das estatísticas são baseadas em identificação de pegadas, o que muitas vezes gera um resultado distorcido. A gestação demora de 98 a 113 dias, e tem em média entre 1 a 6 filhos. É um animal solitário, unindo-se à fêmea apenas durante a época de acasalamento. Sua área de domínio vai de 44 km² (fêmea), até 52 km², área necessária aos machos. A grande maioria pesa entre 266 kg e 302 kg. No entanto, o maior tigre de Bengala encontrado estava em estado selvagem e pesava 389 kg.


Tigre-malaio
(Panthera tigris jacksoni) Presente exclusivamente no sul da península malaia. Até 2004 não era considerada como uma subespécie de tigre. Até então era tido como parte da subespécie indochinesa. Tal classificação mudou em função de um estudo do Laboratório de Estudos da Diversidade Genômica, parte do Instituto Nacional do Câncer, EUA. Segundo estimativas a população de tigres malaios selvagens é de 600 a 800 indíviduos, sendo a maior população de tigre após o tigre de Bengala. É um ícone nacional na Malásia, aparecendo no brasão e no logotipo de instituições do país, tais como o Maybank.


Subespécies extintas


Tigre-de-bali
(Panthera tigris balica) Sua ocorrência era limitada à ilha de Bali, na Indonésia. Estes tigres foram caçados até a extinção. O último exemplar de tigre balinês deve ter sido morto em Sumbar Kima, oeste de Bali em 27 de setembro de 1937, e era uma fêmea adulta. Nenhum tigre balinês era mantido em cativeiro. De todas as subespécies era a menor de todas, chegando a pesar menos da metade dos tigres siberianos.


Tigre-de-java
(Panthera tigris sondaica) Era limitado à ilha indonésia de Java. Esta subespécie foi extinta na década de 1980, como resultado de caça e destruição de seu habitat. Mas a extinção desta subespécie tornou-se extremamente provável já na década de 1950, quando havia menos de 25 animais em estado selvagem. O último animal selvagem foi avistado em 1979.

Tigre-do-cáspio ou Tigre Persa
(Panthera tigris virgata) Tornou-se extinto na década de 1960, com o último sendo visto em 1968. Era encontrado no Afeganistão, Irã, Iraque, Mongólia, União Soviética e Turquia. De todas as subespécies de tigre era a mais ocidental, sendo a subespécie utilizada no coliseu de Roma. No começo do século XX foi alvo de perseguição por parte do governo da Rússia czarista (que acreditava não haver mais espaço para o tigre na região) por conta de um programa de colonização da área. Esta subespécie é dada como extinta mas existem casos de registos visuais não confirmados.


Subespécies inválidas
Além das subespécies citadas acima, existem algumas subespécies que ainda não foram reconhecidas pela taxonomia.

Tigre-coreano (Panthera tigris coreensis) - Habitava a Península da Coréia e sul da Manchúria, áreas das quais o tigre se encontra extinto desde meados do século XX. Considerado parte do tigre siberiano.
Tigre-de-xinjiang (Panthera tigris lecoqi) - Estudado e classificado por Schwarz em 1916. É considerado parte do tigre do Cáspio. Vivia no noroeste da China, mais precisamente na província de Xinjiang.
Tigre-do-turquestão (Panthera tigris trabata) - Tal como o tigre de Xinjiang foi estudado e classificado por Schwarz em 1916 e é considerado parte do tigre do Cáspio. Vivia em áreas dos atuais Cazaquistão, Uzbequistão, Quirguistão e Tajiquistão.

Tigres-dente-de-sabre, que são felinos, mas de outra sub-família
Tigre-da-tasmânia, que é um marsupial
tubarão-tigre,um tubarão



Filo: Chordata

Classe: Mammalia

Ordem: Carnívora

Família: felidae

Características:

Comprimento: 2 a 2,80 m, até a raiz da cauda. A cauda pode ter mais de 1 metro

Altura: 90 a 100 cm

Peso: 130 a 300 kg

Período de gestação: 100 a 108 dias

1 ninhada (1 a 4 filhotes) cada 3 anos

Os filhotes começam a separar-se da mãe aos 6 meses.

Veja este video e vera fotos de tigres bebes e grandes ou seja adultos

galinhas






Nome científico: Gallus gallus domesticus

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Galliformes
Família: Phasianidae
Género: Gallus
Espécie: G. gallus
Subespécie: G. g. domesticus

A galinha é, dos animais de quinta, aquele que mais funções desempenha.

É um dos mais simbólicos, e é o mais vulgar, já que qualquer pessoa pode ter uma galinha num espaço reduzido, ou mesmo num quintal.

Origem
As galinhas são, ao que se pensa, originárias da Ásia, mas este é um caso ainda não encerrado. Existem variadíssimas subespécies de diferentes tamanhos na Europa, na Ásia e em África, pelo que o antepassado comum pode ser originário de qualquer um dos continentes, tendo a espécie sido introduzida posteriormente nos restantes continentes. Não existe ainda uma certeza absoluta em relação a este assunto.

Existem muitas raças de galinhas, sendo que talvez as mais conhecidas dos povos que se entendem em português sejam a Leghorn de Ancona, a Minorca, a Andaluza Azul e a Brahama.

Na quinta
Na quinta, o galo é o protagonista da manhã. Ao raiar do dia, canta para acordar todos os outros animais e pessoas que vivem do campo. Ao final da tarde, é o primeiro a recolher, para que as galinhas também o façam. Sempre de acordo com a hierarquia, que aqui quem manda é o galo! Quando o mau tempo está a chegar, as galinhas são as primeiras a recolher, indicando ao dono que o tempo está rapidamente a mudar e que é melhor abrigar os outros animais.

As galinhas vivem num espaço a que se chama galinheiro. Aqui existem, por regra, os comedouros e bebedouros, a zona de postura, e uma parte mais reservada, com poleiros dispostos por vários patamares, onde dormem.
Depois da refeição da manhã, normalmente milho e farinhas, passam o resto do dia a esgravatar e comer tudo o que apanham na terra, sejam minhocas, sementes, pequenos frutos e migalhas.

Durante os períodos de calor, ficam à sombra, de asas e bico aberto para manter a sua temperatura o mais constante possível.
Quando chega a hora da postura, dirigem-se ao local que o criador escolheu e onde criou ninhos em palha para esse fim, e depositam o seu ovo, cantando logo após a postura, para chamar a atenção sobre o seu acto.
Se, eventualmente, não houver um sítio pré definido, vão escolher um local para pôr o primeiro ovo, e a partir daí vão sempre fazer a postura no mesmo sítio.

Utilização
Os ovos são uma mais valia para o criador. Reunidos, são depois vendidos nos mercados, para as mais diversas utilizações culinárias, que vão desde os bolos ao ovo que acompanha os bifes.

Para carne, são normalmente usados os machos jovens, já que, por norma, em cada galinheiro só há um galo. Havendo outros, vão lutar permanentemente pelo domínio do galinheiro.

Reprodução
Ciclicamente, as galinhas entram em fase de choco, começando a reunir os seus ovos e, se possível, puxando ainda, com o bico, alguns que não sejam seus, já que o facto de a galinha pôr os ovos não implica que esteja em fase de os chocar e, normalmente, feita a postura, as galinhas voltam ao seu dia a dia.
As galinhas chocam tantos ovos quantos couberem debaixo do seu corpo, não têm que ser necessariamente seus e a galinha não destingue os que são seus e os que não o são, criando todas as crias que nascerem.

O tempo de incubação são 21 dias, começando então a nascer os pintos, que vão partindo a casca com o seu bico.

Como são aves, os pintos, poucas horas após o seu nascimento, já andam atrás da mãe a debicar e comer tudo o que apanharem no chão, têm que o fazer para se alimentar.

Longevidade
As galinhas podem viver cerca de 15 anos




Animal renoceronte

Rinoceronte:


Características

Rinoceronte, nome comum dado a certas espécies de ungulados de dedos ímpares, cuja característica mais notável é a presença de um ou dois chifres, que na verdade são excrescências da pele. São animais grandes, pesados, de corpo robusto e patas curtas.

Cada pé tem três dedos funcionais, cobertos por uma unha parecida com um casco. A pele é grossa, de cor cinza ou castanha, segundo a espécie. Pode viver até os 50 anos, se morrer naturalmente. Pode alcançar a velocidade de 45 km/h.

Seu fiel amigo Tchiluanda

Excelente nadador, o rinoceronte passa várias horas dentro d'água aliviando as picadas dos insetos que atacam sobre tudo nas juntas da couraça. É anti-social, irascível e grotesco, mas tem um fiel amigo, o Tchiluanda, pequeno passarinho africano que lhe cata os carrapatos da carcaça e das orelhas, e o avisa da proximidade de inimigos. Presta-lhe ainda, segundo os nativos da África, um grande serviço: guiá-lo na direção de doces colméias, que o rinoceronte também aprecia.

Medicinal ?

São consideradas espécies ameaçadas, embora tenha pouca utilidade para o homem, ele é perseguido desde o tempo das cavernas. Acreditavam que seu chifre pudesse dar a juventude eterna, mas nenhuma parte de seu corpo é medicinal, por causa dessa crença, muitos rinocerontes foram exterminados. Única coisa utilizável para o homem, é sua pele, que é usada na confecção de escudos e calçados.

Rinocerontes.

Reprodução

É um animal de pobre reprodução: apenas um filhote, depois de uma longa gestação de dezessete meses, o filhote pesa 25 kg e alimenta-se de leite materno até os dois anos de idade. Ao completar cinco ou sete anos, já é adulto e passa a viver sua própria vida.

Cinco espécies

Há cinco espécies que compõem o grupo dos rinocerontes (onde quatro são cada vez mais raras). As cinco espécies são herbívoras e se alimentam de uma grande variedade de plantas. A visão do rinoceronte é pobre, mas o animal compensa essa deficiência com um olfato e audição muito desenvolvidos. Os rinocerontes Indiano e Java, possuem apenas um chifre, enquanto os outros três possuem dois chifres.

Rinoceronte Indiano

O Rinoceronte Indiano (Rhinocerus unicornis) tem a pele grossa, recortada por profundas pregas e salpicada de pequenos escudos córneos. Também vive na Ásia. Seu único chifre mede até 60 cm e não é usado como arma. Com essa função, o animal prefere usar suas presas.

Rinoceronte Java

O Rinoceronte Java (Rhinocerus sondaicus), atualmente pouco comum, ocorre na Ásia, na península da Indochina e da Malásia, em Sumatra, Java, Assam e Nepal. Mede 3 metros de comprimento e tem apenas um chifre. Sua pele é recortada em grandes placas.

Rinoceronte Branco

Rinoceronte Branco.Renoceronte Branco não tam feroz mais muito cuidado com eles

Depois do elefante, o maior mamífero terrestre é o Rinoceronte Branco (Cerathoterium simum), com 2 metros de altura, 5 metros de comprimento e 4 toneladas de peso. Tem dois chifres, dos quais o anterior mede até 1,50 m de comprimento. Apesar do nome, sua pele é escura e lisa. Ele habita as zonas descampadas e planas da África, comparado às outras espécies, é pacato e inofensivo.

Na foto abaixo, temos o Kei, um bebê de rinoceronte branco com menos de 15 dias, que passeia pelo Zôo de Edimburgo, na Escócia, sob o atento olhar da mamãe Umfolozi. Kei é o 12º bebê de Umfolozi.

Rinoceronte Sumatra

Outro que também vive na Ásia, é o Rinoceronte Sumatra (Dicerorhinus sumatrensis) e tem dois chifres. Sua pele é relativamente pouco espessa, com pregas superficiais. Habita a Tailândia, Malaca, Sumatra e Bornéu.

Rinoceronte Negro

O Rinoceronte Negro (Diceros bicornis) mede, no máximo 1,50 m de altura. Seus dois chifres, o anterior e o posterior, podem medir 70 e 50 cm de comprimento respectivamente. Ele ataca apenas para se defender e é ferocíssimo. Sendo provocado, o rinoceronte negro torna-se uma máquina quase invencível de destruição. Hoje, existem aproximadamente 12 mil pelas regiões africanas ao sul do Saara. Por esse motivo, a caça ao rinoceronte é um dos esportes mais procurados pelos caçadores profissionais e "turistas" que se embrenham na África à procura de sensações fortes.



DOS PEIXES QUE HA N’AGUA SALGADA

Peixe boi — Este peixe he nestas partes real, e estimado sobre todos os demais peixes, e para se comer muito sadio, e de muito bom gosto, ora seja salgado, ora fresco; e mais parece carne de vacca que peixe. Já houve alguns escrúpulos por se comer em dias de peixe; a carne he toda de febras, como a de vacca, e assi se faz em taçalhos e chacina, e cura-se ao fumeiro como porco ou vacca, e no gosto se se coze com couves, ou outras ervas sabe á vacca, e concertada com adubos sabe a carneiro, e assada parece no cheiro, e gosto, a gordura porco, e também tem toucinho.

Este peixe nas feições parece animal terrestre, e principalmente boi: a cabeça he toda de boi com couro, e cabellos, orelhas, olhos, e lingoa; os olhos são muito pequenos em extremo para o corpo que tem; fecha-os, e abre-os, quando quer, o que não têm os outros peixes: sobre as ventas tem dous courinhos com que as fecha, e por ellas resfolega; e não pode estar muito tempo debaixo dágua sem resfolegar; não tem mais barbatana que o rabo, o qual he todo redondo e fechado; o corpo he de grande grandura, todo cheio de cabellos ruivos; tem dous braços de comprimento de hum covado com suas mãos redondas como pás, e nellas tem cinco dedos pega­dos todos huns com os outros, e cada hum tem sua unha como humana; debaixo destes braços têm as fêmeas duas mamas com que criam seus filhos, e não parem mais que hum; o interior deste peixe, e intestinos são propriamente como de boi, com fí­gados, bofes, &.. Na cabeça sobre os olhos junto aos miolos tem duas pedras de bom tamanho, alvas, e pesadas: são de muita estima, e único remédio para dôr de pedra, porque feita em pó e bebida em vinho, ou água, faz deitar a pedra, como aconteceu que dando-a a huma pessoa, deixando outras muitas experiências, antes de huma hora botou huma pedra como huma amêndoa, eficou sã, estando dantes para morrer. Os ossos deste peixe são todos massiços, e brancos como marfim; faz-se delle muita manteiga, e tirão-lhe duas banhas como de porco; e o mais da manteiga tem no rabo, o qual sendo de largura de quatro palmos, ou mais todo se desfaz em manteiga; he muito gostosa, e para cozinhar e frigir peixe, para a candêa serve muito, e também para mezinhas, como a do porco; he branca, e cheirosa; nem tem cheiro de peixe. Este peixe se toma com arpoeiras, achão-se nos rios salgados junto d’agua doce: co­mem huma certa erva que nasce pelas bordas, e dentro dos rios, e onde ha esta erva se matão, ou junto de olhos d’agua doce, a qual somente bebem; são muito grande: e alguns pesao dez, e outros quinze quintaes, e já se matou peixe que cem homens c não poderão tirar fora dágua, e nella o desfizerão.

Bigjuipirá Este peixe Bigjuipirá se parece com solho de Portugal, e assi he cá estimado, e tido por peixe real; he muito sadio, gordo, e de bom gosto; ha infinidade delles, ealgumas das ovas têm em grosso hum palmo de testa. Tomão-se estes peixes no mar alto á linha com anzolo; o comprimento será de seis ou sete palmos, o corpo he redondo, preto pelas costas, e branco pela barriga.

Olho de boi — Parece-se este peixe com os atuns de Espanha, assi no tamanho como nas feições, assi interiores como exteriores; he muito gordo, tem as vezes entre folha e folha gordura de grossura de hum tostão ; tirão-se-lhe lombos e ventrechas como aos atuns, e delles se faz muita eboa manteiga, elhetirão banhas como a porcos he peixe estimado, e de bom gosto, bem merece o nome de peixe boi assi na formo sura, como grandura; os olhos são propriamente como de boi, e por esta razão tem este nome.

Camurupig Este peixe também he um dos reaes e estimados nestas partes: a carne he toda de febras em folha, cheia de gordura e manteiga, e de bom gosto: tem muita espinha por todo o corpo e he perigoso ao comer. Tem huma barbatana no lombo que sempre traz levantada para cima, de dous, três palmos de comprimento he peixe comprido de até doze e treze palmos, e de bôa grossura, e tem bem que fazer dous homens em levantar alguns delles; tomão-se com arpões; ha muitos, e faz delles muita manteiga.

Peixe selvagem Este peixe selvagem, aqui os índios chamão Pirambá. se, pei­xe que ronca; a razão he porque onde andão logo se ouvem roncar, são de boa gran-dura até oito e nove palmos; a carne he de bom gosto, e são estimados; têm na boc-ca duas pedras de largura de huma mão, rijas em grande extremo, com elas partem os búzios de que se sustentão; as pedras estimão os índios, e as trazem ao pescoço como jóias.

Ha outros muitos peixes de varias espécies que não ha em Espanha, e commu-mente de bom gosto, e sadios. Dos de Portugal também por cá ha muitos, se tainhas em grande multidão, e tem-se achado que a tainha fresca posta a carne delia em morde-dura de cobra he outro unicornio. Não faltão garopas, chicarros, pargos, sargos, gorazes, dourados, peixe agulha, pescada, mas são raras; sardinhas com as de Espanha se achão em alguns tempos no Rio de Janeiro, e mais partes do sul; cibas, e arrayas; estas arrayas algumas delas têm na boca dous ossos tão rijos que quebram os búzios com elles.

Todo este peixe he sadio cá nestas partes que se come sobre leite, e sobre car­ne, e toda huma quaresma, e de ordinário-sem azeite nem vinagre, e não causa sarna nem outras enfermidades como na Europa, antes se dá os enfermos de cama, ainda que tenhão, ou estejão muito no cabo.

Balêa Por esta costa ser cheia de muitas bahias, enseadas e esteiros açodem grande multidão de balêas a estes recôncavos, principalmente de Maio até Setembro, em que parem, e criam seus filhos, e também porque açodem ao muito tempo que nestes tempos he nestes remansos; são tantas as vezes que se vêem quarenta, e cincoenta juntas, querem dizer que ellas deitão o âmbar que achão no mar, e de que também se sustentão, e por isso se acha algum nesta costa; outros dizem que o mesmo mar o deita nas praias com as grandes tempestades e commumente se acha depois d’alguma grande. Todos os animaes comem deste âmbar, e he necessária grande diligencia depois das tempestades para que o não achem comido. He muito perigoso navegar em barcos pequenos por esta costa, porque alem de outros perigos, as balêas sossobrão muitos, se ouvem tanger, assi se alvoração como se forão cavallos quando ouvem tambor, e arremettem como leões, dão muitas á costa e dellas se fazem mui­to azeite. Tem o toutiço furado, e por elle resfolegão, e juntamente botão grande somma d’agua, e assi a espalhão pelo ar como se fosse chuveiro.

Espadarte — Destes peixes ha grande multidão, são grandes, e ferozes, porque têm huma tromba como espada, toda cheia de dentes ao redor, muito agudos, tão grandes como de cão, os maiores, são de largura de huma mão travessa, ou mais, o comprimento he segundo a grandura do peixe; algumas trombas, ou espadas destas são de oito e dez palmos; com estas trombas fazem cruel guerra ás balêas, porque alevantando-a para cima; dando tantas pancadas em ellas, e tão a miúde que he cousa de espanto, açodem ao sangue os tubarões, e as chupão de maneira até que morrem, e desta maneira se achão muitas mortas, em pedaços. També m com esta tromba pescão os peixes de que se sustentão. Os índios usao destas trombas quando são peque­nas para açoutarem os filhos, e lhes metterem medo quando lhes são desobedientes.

Tartaruga — Ha nesta costa muitas tartarugas; tomão-se muitas, de que se fazem cofres, caixas de hóstias, copos, &. Estas tartarugas põem ovos nas praias, e põem logo duzentos e trezentos, são tamanhos como de gallinhas, muito alvos, e redondos como pelas; escondem estes ovos debaixo da arêa, e como tirão os filhos logo come-çao de ir para água donde se crião. Os ovos também se comem, têm esta proprieda­de que ainda se cozão, ou assem sempre a clara fica molle: os intestinos são como de porco, e têm ventas por onde respirão. Tem outra particularidade que pondo-lhe o focinho para a terra logo virão para o mar, nem podem estar doutra maneira. São algumas tão grandes que se fazem das conchas inteiras adargas; e huma se matou nesta costa tão grande que vinte homens a não podião levantar do chão, nem dar-lhe vento.

Tubarões Ha muitos gêneros de tubarões nesta costa: achão-se nellas seis, ou sete espécies delles; he peixe muito cruel e feroz, e matão a muitas pessoas, prin­cipalmente aos que nadão. Os rios estão cheios delles, são tão cruéis que já aconte­ceu correr hum após de hum índio que ia numa jangada, e pô-lo em tanto aperto que saltando o moço em terra o tubarão saltou juntamente com elle, e cuidando que o apanhava ficou em seco aonde o matarão. No mar alto onde também ha mui­tos se tomão com laço, e arpões por serem muito golosos, sôfregos, e amigos de car­ne e são tão comilõesque se lhes achão na barriga couros,pedaços de panno, camisas, e ceroulas que caem aos navegantes; andão de ordinário acompanhados de huns pei­xes muito galantes, formosos de varias cores que se chamão romeiros; faz-se delles muito azeite, e dos dentes usão os índios em suas frechas por serem muito agudos, cruéis, e peçonhentos, e raramente sarão das feridas, ou com diff iculdade.

Peixe voador — Estes peixes são de ordinário de hum palmo, ou pouco mais de comprimento; têm os olhos muito formosos, galantes de certas pinturas que lhes dão muita graça, e parecem pedras preciosas; a cabeça também he muito formosa. Têm asas como de morcegos, mas muito prateadas, são muito perseguidos dos outros peixes, e para escaparem voão em bandos como de estorninhos, ou pardaes, mas não voão muito alto. Também são bons para comer, e quando voão alegrão os mareantes, e muitas vezes caem dentro das nãos, e então pelas janellas dos camarotes.

Hábitos alimentares

Os peixes pelágicos de pequenas dimensões como as sardinhas são geralmente planctonófagos, ou seja, alimentam-se quase passivamente do plâncton disperso na água, que filtram à medida que "respiram", com a ajuda de branquispinhas, que são excrescências ósseas dos arcos branquiais (a estrutura que segura as brânquias ou guelras).

Algumas espécies de maiores dimensões têm também este hábito alimentar, incluindo algumas baleias (que não são peixes, mas mamíferos) e alguns tubarões como os zorros (género Alopias). Mas a maioria dos grandes peixes pelágicos são predadores ativos, ou seja, procuram e capturam as suas presas, que são também organismos pelágicos, não só peixes, mas também cefalópodes (principalmente lulas), crustáceos ou outros.

Os peixes demersais podem ser predadores, mas também podem ser herbívoros, que se alimentam de plantas aquáticas, detritívoros, ou seja, que se alimentam dos restos de animais e plantas que se encontram no substrato, ou serem comensais de outros organismos, como a rémora que se fixa a um atum ou tubarão através dum disco adesivo no topo da cabeça e se alimenta dos restos de comida que caem da boca do seu hospedeiro (normalmente um grande predador), ou mesmo parasitas de outros organismos.

Alguns peixes abissais e também alguns neríticos, como os diabos (família Lophiidae) apresentam excrescências, geralmente na cabeça, que servem para atrair as suas presas; essas espécies costumam ter uma boca de grandes dimensões, que lhes permitem comer animais maiores que eles próprios. Numa destas espécies, o macho é parasita da fêmea, fixando-se pela boca a um "tentáculo" da sua cabeça.

Hábitos de reprodução

A maioria dos peixes é dióica, ovípara, fertiliza os óvulos externamente e não desenvolve cuidados parentais. Nas espécies que vivem em cardumes, as fêmeas desovam nas próprias águas onde os cardumes vivem e, ao mesmo tempo, os machos libertam o esperma na água, promovendo a fertilização. Em alguns peixes pelágicos, os ovos flutuam livremente na água − e podem ser comidos por outros organismos, quer planctónicos, quer nectónicos; por essa razão, nessas espécies é normal cada fêmea libertar um enorme número de óvulos. Noutras espécies, os ovos afundam e o seu desenvolvimento realiza-se junto ao fundo − nestes casos, os óvulos podem não ser tão numerosos, uma vez que são menos vulneráveis aos predadores.

No entanto, existem excepções a todas estas características e neste artigo referem-se apenas algumas. Abaixo, na secção Migrações encontram-se os casos de espécies que se reproduzem na água doce, mas crescem na água salgada e vice-versa.

Em termos de separação dos sexos, existem também (ex.: família Sparidae, os pargos) casos de hermafroditismo e casos de mudança de sexo - peixes que são fêmeas durante as primeiras fases de maturação sexual e depois se transformam em machos (protoginia) e o inverso (protandria).

Os cuidados parentais, quando existem, apresentam casos bastante curiosos. Nos cavalos-marinhos (género Hypocampus), por exemplo, o macho recolhe os ovos fecundados e incuba-os numa bolsa marsupial. Muitos ciclídeos (de que faz parte a tilápia e algumas famosas espécies de aquário endémicas do Lago Niassa (também conhecido por Lago Malawi, na fronteira entre Moçambique e o Malawi) guardam os filhotes na boca, quer do macho, quer da fêmea, ou alternadamente, para os protegerem dos predadores.

Refere-se acima que a maioria dos peixes é ovípara, mas existem também espécies vivíparas e ovovivíparas, ou seja, em que o embrião se desenvolve dentro do útero materno. Nestes casos, pode haver fertilização interna - embora os machos não tenham um verdadeiro pênis, mas possuem uma estrutura para introduzir o esperma dentro da fêmea. Muitos destes casos encontram-se nos peixes cartilagíneos (tubarões e raias), mas também em muitos peixes de água doce e mesmo de aquário.

Hábitos de repouso

Os peixes não dormem. Eles apenas alternam estados de vigília e repouso. O período de repouso consiste num aparente estado de imobilidade, em que os peixes mantêm o equilíbrio por meio de movimentos bem lentos.

Como não tem pálpebras, seus olhos ficam sempre abertos. Algumas espécies se deitam no fundo do mar ou no rio, enquanto os menores se escondem em buracos para não serem comidos enquanto descansam.